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Mostrando postagens de dezembro, 2016

A Ponte e Eu

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De minha casinha de madeira,  Que fica tão pertinho das nuvens, Começa a ponte de meus sonhos acordados. Já é madrugada e as luzes amarelas da ponte  Brilham como pequenos sóis noturnos. A ponte sai de minha casa de madeira que quase toca o céu, Desce no meio da cidade, mas sobe de novo E finge que termina do outro lado da cidade. Mas eu sei que ela nunca termina... Ela toca o chão de muitos outros mundos. Lá do alto vejo a cidade inteira... Todos os carros, fábricas, ruas e pessoas dormem. Acordados, só a ponte e eu, em vigília. Quando a manhã chegar e a cidade acordar Aí então dormiremos. Apagaremos as luzes e descansaremos tranquilos. Seremos, então, como a cidade que dorme sossegada Mesmo sem saber que, do alto, há quem vele seu sono. Sonho acordada atravessar cidades inteiras, Tocar o chão sagrado de muitos outros mundos com meus pés de nuvens (há que se ter leveza nos pés pra pisar chãos sagrados). Sonho acordada ver a cidade

Feito Para o (A)Mar

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Triste ver o barco na terra O barco, feito para o mar. Triste ver o ódio no homem O homem, feito para amar. O Barco só tem sentido no mar, O Homem só tem sentido no amar.

A Alma Precisa Sair Pra Passear

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Chove lá fora. Minha avó costuma dizer quando o tempo nubla: 'o dia tá tão triste hoje'. Triste e bonito, um cinza bonito. Nem branco, nem preto. Cinza! Só o dia cinza pode ser belo e triste. Bendito cinza! Enquanto as idéias 'fervilhantes' prolongam a cinza manhã, o café, ainda pela metade, esfria na xícara. Na playlist, hoje é dia de Cartola. Uma 'pessoa recente', mas já querida, enviou-me 'Cartola' ontem. Uma amiga semeadora. Fiz de minha alma terra boa para boas sementes por causa de pessoas como ela. Cartola e silêncios conversam em mim. Procuro deixá-los à vontade. Mas observo atenta. Preciosa e necessária conversa. Cantando, Cartola diz que precisa encontrar-se, e em busca de si, sai pra assistir ao sol, aos rios, aos pássaros. Para conhecer-se, olha para fora. Para encontrar-se, olha com mais atenção para o que não é ele mesmo, mas que, de alguma forma, também o é. Precisamos, urgentemente, arejar nossos porões. Nossa alma precisa sair pra passea