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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Amizade

!!! ? !!!! ???     ... são as reticências que realmente importam na amizade! Elas dizem muito mais do que as afirmações feitas por um amigo com tanta propriedade. Dizem mais do que as dúvidas frequentes, que tornam os papos mais interessantes, as surpresas inevitáveis. Mas as reticências! Como as amo! Elas é que dizem o essencial pra mim - dizem que, sempre terá algo mais. Exclamações, vírgulas, interrogações... ausência, saudade, risos... Terminar com reticências não significa terminar... significa que inda virá mais! Significa um protesto ao THE END. Em se tratando de amizade, prefiro as reticências... SEMPRE!

Todo mundo é pródigo!

...É, o coração engana, coração danado e não deveria enganar Fica a saudade do Éden, da viração do dia Quando era simples, era fácil ter a boa companhia de Deus Pra conversar... ...Tem sempre alguém partindo, sempre alguém chegando Todo mundo é pródigo. Tem sempre alguém fugindo, alguém se enganando Todo mundo é pródigo! 

Debruçado na Porteira

Debruçado na porteira João Alexandre dá até pena de se ver o seu vulto solitário debruçado na porteira apreciando o cenário do sertão fecha os olhos solta a voz cai a tarde na fazenda não importa quem escute muito menos quem entenda sua canção e canta pra aquele que criou os céus e canta pra aquele que fez o luar como é bonito seu cantar voz e versos pelo ar poesia da alma não tem fundo musical só o silêncio e a sua voz noutro tempo eram 10 cordas e um dedilhado veloz da viola hoje lembra com saudade daquele tempo que foi pois os dedos da viola puxam só o carro de boi mas nem por isso deixa de cantar parece até mais forte a sua voz e louva a Deus de coração pela benção do sertão pela chuva, o sol e a plantação e louva a Deus de coração pela benção do sertão pela chuva, o sol e a plantação dá até pena de se ver o seu vulto solitário

Sinal Fechado (Oswaldo Montenegro)

- Olá como vai? - Eu vou indo e você, tudo bem? - Tudo bem, eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro e você? - Tudo bem eu vou indo em busca de um sono tranquilo.. Quem sabe? - Quanto tempo! - Pois é.. Quanto tempo! - Me perdoe a pressa. É a alma dos nossos negócios! - Qual, não tem de que! Eu também só ando a cem! - Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí! - Pra semana prometo, talvez no vejamos.. Quem sabe? - Quanto tempo! - Pois é.. Quanto tempo! - Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas! - Eu também tenho algo a dizer, mas me foge a lembrança! - Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa rapidamente.. - Pra semana.. - O sinal.. - Eu procuro você! - Vai abrir, vai abrir.. - Eu prometo.. não esqueço! Não esqueço.. - Por favor, não esqueça! Não esqueça.. - Adeus.. - Adeus.. - Adeus...

Momentos - partículas isoladas de tempo

Nos­sa vida nos vem momento a momento. Um momento desaparece antes que o outro chegue, e em cada um de­les cabe pouquíssima coisa. Essa é a natureza do tem­po. ...Mas, nem todas as coisas estão submetidas ao tempo. (C.S Lewis)

Que Triste Isso, Joãozinho!

Conheci Joãozinho quando ainda era criança. Era esforçado, mas pra escola ia por obrigação. Até que o menino foi crescendo, crescendo e virando gente de bem - crescer no mundo de hoje não é fácil . Virar gente de bem então!... Joãozinho se dava bem com todo mundo, nunca foi de ficar "na sua". Nem escolhia muito na "de quem ficar". Ele era um cara firme. Ele sabia quem os outros eram, e o que o fazia continuar "na deles" era o fato de ele saber, principalmente, quem ele mesmo era. Acho até que foi essa a razão de ele ter crescido; essa convivência com histórias de vida das mais variadas o espichou para sua própria vida. E assim, cresceu amigo de todos. Tornou-se um sujeito "bacana". Não era "show de bola", "o cara", nem era "maneiro". Era bacana! Tinha tudo pra, um dia, ser citado como um cara "show de bola", assim que Show de bola passasse a significar "mais de uma coisa". Mas, embora ele tenha ch

Nada pra pensar

Aqui estou eu, pensando na morte do burro que morreu pensando!

Nos dois lados do vidro

Estou pouco à vontade agora. Não acho que seja hora para escrever. A hora é tão fria quanto os meios que devem ser utilizados. Me vejo numa das mesas da repartição, sou a redatora - a única duma imensa revista chamada "Minha Vida, minhas Coisas". Ninguém especificou minha área de atuação, ninguém me diz o tema assim que chego aqui todas as manhãs. Posso escrever sobre o que quiser. Essa liberdade é que me deixa meio perdida. Com tantas possibilidades minhas retinas embaçam e acabo não vendo nenhuma suficientemente nítida para ser descrita. Em outra mesa há alguém. Exatamente na frente da minha. Estamos separados um do outro por uma fina camada de vidro liso. Vejo claramente a pessoa. Parece um chefe, um chefe muito exigente. Alto, delgado e bem sério. Ele olha fixamente pra mim enquanto escrevo - no lugar das pupilas vejo duas suásticas, das de Hitler. Tenho que terminar logo. Tenho que apresentar algo depressa... Mas...espera um pouco! Essa repartição é interna. Essas pessoa

Quando então?

Hoje eu não ia escrever. Minha mãe sempre diz que escrever com a barriga cheia faz mal; como também, ler e tomar banho com a barriga cheia o faz. E, ela sempre me manda comer, porque faz mal ficar com a barriga vazia. Sinceramente? Acho que minha mãe está tentando acabar com todos os meus hábitos saudáveis - me enchendo de comida! Se eu for esperar um momento em que a barriga não esteja cheia, tendo a mãe que tenho (que acha que comida é melhor até do que escrever!), nunca vou escrever. Quando fazê-lo então?? Hoje, quando ela saiu de casa pela manhã ocorreu-me a resposta: O melhor momento pra escrever é quando ela não estiver por perto!