O Que Nossos Diários Nos Dirão Um Dia?




O que nossos diários nos dirão no futuro?
E o que são, afinal, essas nossas viagens diárias, esses nossos vôos apressados sem destinos sabidos?
Não seriam simplesmente uma tentativa, não admitida (quase sempre não consciente), de uma sonhada volta a um nosso estado primeiro?
Crescemos! Sabemos e acumulamos saberes (e sabores); parecemos, ou desejamos parecer mais que muitos - com nossos diplomas, nossas línguas e cédulas estrangeiras, nossos conselhos admiráveis no bolso (conselhos de 'alguém que entende da vida'); nossos cargos e nossos cúmplices 'importantes' - ambos troféus que ostentamos sempre que possível; nossas medalhas amarELO-brilhantes; nossas cruzes, rezas, placas, templos e púlpitos 'sagrados'...
Mas, no fundo, pra onde estamos tentando ir?
Nossas (ditas) idas desbravadoras, nossas trilhas 'inéditas' já exploradas pelos que vieram antes de nós não seriam, na realidade, uma desejada volta ao início de nós mesmos?
O que buscamos quando estamos tentando crescer/subir na vida? 
Não seria, pura e simplesmente, toda aquela felicidade à toa, aquela mesma paz extra-condicional e aqueles vôos despreocupados de quando ainda éramos 'ninguém' e, só por isso então, éramos 'tudo'?
O que nossos diários nos dirão quando quase toda nossa vida já estiver no passado?
Espero que nos digam que estávamos no caminho certo, e que, enfim chegamos a nosso estado primeiro, onde cabaninha ou areia de praia viram castelos e onde o riso é fácil e, sempre, de dentro pra fora. 


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